65. Alcançando Corações e Mentes
- Ivan Abreu Paiva
- 24 de mar. de 2016
- 2 min de leitura

Queremos se líderes com um patamar de excelência e uma multiplicidade de capacidades e ações, além de um histórico de acertos que na prática não alcançamos e ficamos frustrados com nossas reações em momentos decisivos.
É natural, aceitável e esperado este caminho de aprendizado, erros e acertos, pois afinal de contas somos imperfeitos por natureza em nossas ações, pensamentos e crenças. Aprendemos a tomar decisões e a agir no curso (não em um curso) da nossa história e experiências de vida, quando nos propomos a ouvir, refletir, mudar de direção e continuar.
Muitos experimentarão o prazer da mudança para melhor da sua mente, habilidades de execução e comportamentos e valores.
Exercer a liderança e a gestão de equipes requerem prática de métodos, experiência com erros e acertos, aprendizado, revisão e muita persistência.
Em cada situação há mais de um instrumento que pode ser aplicado, sem contar com o refreio do ímpeto de agir imediatamente no calor da situação.
Tive a honra de liderar um profissional que vou chama-lo de Carlos. O Carlos provocava muitas situações no ambiente de trabalho, dentro da equipe e perante os clientes internos da área; era rebelde gostava de contar uma estória sobre seus “perdidos” e falhas de qualidade em alguns de seus trabalhos.
Por outro lado, o Carlos era um especialista com habilidades de relacionamento e consultivas de muito talento e uma promessa de grandes perspectivas para a área. Assumia desafios para si, resolvia problemas de forma criativa, mas com um comportamento arredio.
Em uma das suas viagens para São Paulo, a 450km de sua residência, seu filho sofreu um mal súbito de madrugada e foi levado às pressas ao Pronto Socorro da cidade. Ligaram-me na madrugada e fui imediatamente encontrar sua esposa e filha no hospital.
Encontrei-os desorientados, com medo e muita ansiedade.
Permaneci ao lado da família, deixei a criança brincar no meu notebook e comprei um café da manhã para eles.
Aquele era o dia da reunião mensal de conselho, mas permaneci firme até a vinda do Carlos, por volta das 12:30hs, atrasado por um congestionamento na saída de São Paulo. A situação já estava sob controle, com o garoto internado.
Aquela tempestade na vida do Carlos passou, mas transformou sua vida.
O Carlos mudou subitamente de comportamento, mais calmo, dócil e um dia ele iniciou a conversa: Eu nunca imaginaria que você poderia deixar uma Reunião do Conselho e ficar com minha família; soube que você até emprestou o seu notebook para minha filha brincar. Sim Carlos, sua família estava sob minha responsabilidade, respondi.”.
Inúmeros empregados chegam para trabalhar oprimidos com seus problemas familiares, pessoais, ofendidos ou ignorados pelos cônjuges e precisam desabafar.
Como um gestor pode ajudar?
Não mantenha, mas encurte a distância de seus empregados.
Demonstre preocupação
Ouça ativamente, com os ouvidos, olhos, demonstrando entendimento
Aconselhando
Tolerando
Uma licença
Um estágio para o seu filho
Abonando faltas justificadas
Um dia fora para estar com a família
Um voucher de jantar ou cinema para sua família
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