54. A Lição dos Frutos e os Resultados

Não são poucas as empresas fracassam na transição para uma nova geração de executivos. Um fenômeno com explicações relativamente compreensíveis, pois a primeira geração desenhou um modelo de negócio e toma decisões baseada nas suas capacidades de desenvolvimento de um negócio que é fruto do esforço pessoal, riscos ponderados e ele será responsabilizado pelos seus resultados. Há muito em jogo, além do dinheiro.

Mas, este sucesso presente não é um indicador de sucesso futuro, pelo contrário, alertas devem ser ligados depois dos muitos anos de labuta, rapidamente as engrenagens do negócio giram cada vez mais rápidos e o crescimento no curto prazo trás crescimento desordenado, profissionais com discursos mágicos e a arrogância da superioridade.

Organizações morreram ou desapareceram nos processos de M&A - Fusões e Aquisições porque seus executivos foram arrogantes em impedir a oxigenação da organização, a inovação, tomaram decisões erradas, contrataram e geriram movidos pelos seus egos.

À frente de um negócio, uma área ou departamento, as ações e os ensinamentos diários da gestão devem inspirar e direcionar para que cada empregado cumpra seu plano de trabalho, sejam produtivos e deem resultados, caso contrário serão demitidos pelo seu trabalho, pois o seu trabalho é o seu chefe.

Não é simples como parece.

No caminho da geração de valor estão as ações que contribuem e geram valor. É responsabilidade primária do gestor garantir que cada um dos seus liderados tenham papeis e responsabilidade, cumpram e sejam ajudados a entregarem resultados que contribuam para os processos de geração de valor ou que eles entreguem o valor esperado.

Uma vez preparados, com os recursos e ambiente de trabalho, todos devem produzir e com desempenho.

Empregados visionários ou os que apenas justificam, tais como “tem que ver”, “vou ver”, “não vi”, “esqueci de ver”, “estou vendo”, não tem lugar na organização. A retirada deles é uma mensagem para toda a equipe.

Por outro lado, quem produz e tem desempenho deve ser apoiado ainda mais para eliminar o que o impede de produzir mais resultados e desempenhar além. Estas são as bases da geração de valor em uma organização.

É garantido que quem frutifica pode frutificar ainda mais, mas a árvore estéril que ocupa espaço e consome tempo e recursos, deve ser podada para produzir ou então, dar lugar a outras.

Na crise, somos todos demandados a fazer mais com menos.

É o momento de avaliar criteriosamente e sem arrogância se estamos queimando a gordura da época das vacas gordas, acreditando que as mudanças que estão em andamento não irão nos impactar.

Mas, quem fará essa análise quando os egos estão altos? Quando a perenidade do negócio está abaixo das motivações profissionais? Quando as capacidades são inadequadas?

Então voltamos ao desafio das governanças corporativas. A pessoalidade no comando não é a raiz de problemas, mas características do negocio. A ação é focar na promoção dos resultados e do desempenho.

#Valores #Comportamentos